São Paulo, a maior cidade do país, teve uma das maiores reversões e o maior valor negativo acumulado: R$ 7,97 bilhões no fim do ano passado.
As contas públicas de São Paulo, que anteriormente apresentavam superávit, agora enfrentam um déficit expressivo em 2023. Essa deterioração fiscal traz à tona questões sobre a gestão econômica das prefeituras e influencia diretamente as eleições municipais deste ano.
A cidade acumula um déficit de R$ 7,97 bilhões, marcando uma das maiores viradas de superávit para déficit desde o período pós-pandemia. Em 2019 a cidade encerrou o ano com saldo positivo, mas nos últimos quatro anos a situação se inverteu drasticamente.
O Rio de Janeiro, por exemplo, que havia registrado um superávit de R$ 1,3 bilhão em 2019, terminou 2023 com um déficit de R$ 2,5 bilhões.
Eleições
“A piora nas contas públicas é uma preocupação crescente e pode influenciar o debate eleitoral. É preciso saber como os candidatos pretendem contornar esse problema”, afirma Marlon Bento, Diretor Administrativo da Line Bank BR.
O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) deverá enfrentar fortes questionamentos sobre sua capacidade de gestão fiscal, especialmente com a concorrência de candidatos como Guilherme Boulos (PSOL), que promete uma abordagem econômica diferente para a cidade.
Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB) também devem colocar a questão fiscal no centro de suas campanhas, criticando a administração atual e propondo soluções para reverter o déficit.
Outros candidatos, como Marina Helena (Novo) e Abraham Weintraub (PMB), devem concentrar suas propostas em ajuste fiscal e responsabilidade econômica. Já Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Senese (UP) podem abordar a crise financeira como um reflexo de problemas mais amplos na administração pública.
As promessas de recuperação das finanças municipais serão essenciais na disputa, com eleitores atentos às soluções oferecidas para a grave situação fiscal das principais cidades brasileiras.